Circuncisão não reduz a sensibilidade peniana ou afeta o prazer sexual

A circuncisão masculina

A circuncisão, procedimento cirúrgico em que é retirada o prepúcio (pele que recobre a glande), é praticada há milênios ao redor do mundo. São vários os motivos: preceitos religiosos, indicação de sociedade médicas (por exemplo, a Sociedade Americana de Pediatria indica o procedimento) ou como tratamento de doenças, tais como fimose, parafimose ou hipertrofia de prepúcio.

A circuncisão afeta a sensibilidade peniana?

Embora amplamente realizado, seus efeitos na sensibilidade peniana nunca foram completamente estabelecidos.

Buscando melhor entender essa questão, pesquisadores da Queen’s University (Ontário, Canadá) avaliaram 62 homens, entre 18 e 37 anos, que realizaram (30 pacientes) ou não (32 pacientes) a circuncisão. Todos foram submetidos a vários testes para medir a sensibilidade do pênis, em vários locais do órgão. Também foram questionados sobre seu nível de satisfação sexual, desejo sexual e nível de orgasmo. O resultados mostraram que não houve uma clara diferença entre os dois grupos.

“Este estudo indica que a circuncisão não está associada a alterações na sensibilidade peniana e fornece evidências preliminares de que o prepúcio não é a parte mais sensível do pênis, como se acreditava até o momento atual”, afirmou a Dra. Jennifer Bossio, autoria principal do trabalho.

Embora cerca de 75% dos norte-americanos sejam circuncidados, atualmente apenas 55 a 57% dos recém-nascidos nos Estados Unidos estando sendo submetidos ao procedimento – e a taxa de realização está caindo cerca de 1% por ano. Com este estudo, que busca mostrar que não há prejuízos para a função sexual, os pesquisadores querem acreditar que passará a ocorrer um novo aumento dos índices. Para tanto, eles reforçam os demais ganhos em realizar a circuncisão logo após o nascimento: redução na quantidade de infecções urinárias e diminuição de até 60% na taxa de transmissão do vírus HIV.

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