Cistite Intersticial

 

​​​​​​​​​​​​​​Cistite Intersticial

A cistite intersticial é uma complexa doença crônica caracterizada pela irritação ou inflamação da parede da bexiga. Ela pode deixar cicatriz na bexiga, provocar um espessamento na sua parede, diminuindo a sua capacidade, associada a pontos de sangramento.

Quem é mais afetado

Os estudos indicam que 90% dos portadores da cistite intersticial são mulheres e apenas 10% são homens.

Estatísticas americanas revelam que a doença já acomete 1 milhão de pessoas. A doença se manifesta mais intensamente por volta dos 40 anos de idade e raramente acomete crianças.

Sintomas

  • Urinar mais de oito vezes por dia e à noite.
  • Dor no baixo ventre, sensação de pressão e sensibilidade aumentada ao redor da bexiga e períneo (área entre o ânus e vagina/escroto).
  • Dor durante o ato sexual.
  • Desconforto ou dor no pênis e escroto.
  • Os sintomas podem piorar durante a menstruação.
  • Deve-se excluir a infecção urinária ou outras doenças do trato urinário.

Efeitos da cistite intersticial na vida do paciente

A cistite intersticial é sem dúvida uma das mais importantes causas de desconforto no baixo ventre em mulheres. Frequentemente estas mulheres passam por diversos médicos e realizam vários exames antes que o diagnóstico correto seja identificado, causando grande ansiedade. Como o diagnóstico da cistite intersticial é difícil de ser feito e inicialmente, na maioria dos casos, não é encontrado nenhum problema anatômico, sugere-se que a causa seja emocional.

Erroneamente as mulheres são taxadas como estressadas e com desinteresse pelo ato sexual, gerando desajustes conjugais. Essas pacientes podem passar a manifestar fadiga excessiva, depressão, desânimo para as atividades do cotidiano, insônia e sonolência diurna. Além disso, estas mulheres têm sérias dificuldades e desconfortos no trabalho, em viagens e nas relações familiares.

Fatores que pioram:

  • Bebida alcoólica.
  • Alimentos ácidos (laranja, limão, abacaxi e etc.).
  • Café.
  • Chá preto.
  • Alimentos condimentados.
  • Bebidas gasosas.
  • Relações sexuais.
  • Estresse.
Fatores que melhoram:
  • Urinar várias vezes.
  • Analgésicos.
  • Anti-inflamatórios.

Causas:

A sua causa não é completamente conhecida e muitas teorias têm sido propostas como:
  • Agressão da bexiga por substâncias tóxicas da urina.
  • Doença autoimune (as células do próprio corpo lesam a bexiga).
  • Defeito na permeabilidade da parede da bexiga.

Diagnóstico:

Não há um exame que sele o diagnóstico da cistite intersticial. Mas ele pode ser realizado através dos resultados da somatória de exames como o aspecto clínico, o diário miccional, o índice de sintomas, a urodinâmica e a cistoscopia, além de ser necessário afastar qualquer outro tipo de doença urinária.

Tratamentos conservadores:

  • Dieta.
  • Psicológico.
  • Amitriptilina (antidepressivo).
  • Anti-histamínico.
  • Ciclosporina.
  • Pentosan polissulfato.
Intravesical:
  • DMSO.
  • Pentosan polissulfato.
  • BCG.
  • Ácido hialurônico.

Cirúrgicos:

  • Botox.
  • Hidrodistensão.
  • Derivação urinária.
  • Neuromodulação sacral.
  • Cistoplastia para aumento vesical.

Apesar de todos os tratamentos mencionados, eles não apresentam altos índices de resolução definitiva, sendo necessário individualizar a conduta conforme a evolução de cada caso.
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