Doenças Sexualmente Transmimissíveis

 
 

Doenças Sexualmente Transmissíveis

 

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) se espalham, principalmente, pelo contato sexual sem o uso de preservativo, com uma pessoa que esteja infectada. Elas podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.

O contato sexual pode ser vaginal, oral ou anal, sendo que algumas DST também são transmissíveis por contágio sanguíneo. Estas doenças podem ter consequências locais, sistêmicas ou até mesmo comprometer a capacidade reprodutiva. Algumas são de fácil tratamento e de rápida resolução. Outras, contudo, têm tratamento mais difícil ou podem persistir ativas, apesar da sensação de melhora relatada pelos pacientes.

A principal ferramenta de combate às DST é a informação. Quanto mais pessoas conhecerem as diversas maneiras de contágio sexual, maior será a capacidade de prevenção, combate precoce e resolução completa das DST, evitando suas consequências.

Histórico

Este grupo de doenças existe desde a antiguidade. São encontradas referências as DST em escritos egípcios, gregos e até mesmo em passagens bíblicas. Durante o século 20, iniciou-se o processo de descoberta e isolamento dos agentes causadores e, com o advento dos antibióticos, o combate a essas doenças passou a ser mais eficiente.

Durante o decorrer do século passado, surgiram períodos de piora e aumento da frequência das DST, normalmente relacionados à diminuição da informação, que levam ao maior descuido das pessoas. São exemplos desses períodos os anos das décadas de 1960 e 1970, com a descoberta da pílula anticoncepcional e com a maior liberdade sexual entre os jovens; e os anos 1980 e 1990, quando os casos de sífilis e gonorreia aumentaram na população adolescente e de adultos jovens com início mais precoce da vida sexual.

A Organização Mundial de Saúde estima que ocorram, no mundo, cerca de 340 milhões de casos de DST por ano. Nessa estimativa não estão incluídos herpes genital e HPV.

Números das DST no Brasil

De acordo com dados do Ministério da Saúde, as estimativas de infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa são:

  • Sífilis: 937.000.
  • Gonorreia: 1.541.800.
  • Clamídia: 1.967.200.
  • Herpes genital: 640.900.
  • HPV: 685.400.

O surgimento da aids trouxe, nos países mais desenvolvidos, o retorno da preocupação em ter sexo seguro, principalmente com auxílio da mídia e das imagens chocantes que foram mostradas na época. É importante ressaltar que a presença das DST aumenta em até 18 vezes a possibilidade de contágio pelo HIV e que isto pode ser evitado com medidas simples de prevenção.

Até hoje muitas pessoas acreditam que a aids é uma doença restrita aos chamados grupos de risco, ou seja, os profissionais do sexo, os dependentes de drogas injetáveis e os homossexuais. Entretanto, a epidemia mostrou que ninguém pode descuidar da prevenção: homens e mulheres, jovens e idosos, casados ou solteiros, independentemente de cor, raça, situação econômica ou orientação sexual.

Apesar da presença constante do HIV e de pacientes com aids, a frequência de DST continua aumentando. O uso de drogas estimulantes, anfetaminas (ecstasy) e o aumento do número de parceiros sexuais pode estar contribuindo para a manutenção da taxa elevada de incidência.

O uso de preservativos em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão, tanto das DST quanto do vírus da aids. Além disso, a procura precoce e o tratamento correto por profissionais especialistas são essenciais no combate a essas doenças e ao ciclo de transmissão.

Até junho de 2012, o Ministério da Saúde registrava 656.701 casos de aids no Brasil. A taxa de incidência de HIV no país é de aproximadamente 20 casos por 100 mil habitantes.
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